Serviço memorial
na Igreja da Adoração no Monte Schoenstatt
Durante estes dias, a Família de Schoenstatt, juntamente com toda a Igreja, está de luto pelo falecimento do Papa Francisco. No dia 28 de abril de 2025, também em Schoenstatt, expressamos nossa gratidão, como Movimento, em uma missa pela memória do Papa. A importância dessa celebração, para todas as comunidades, ficou clara no grande número de participantes e também pela quantidade de concelebrantes.
O Pe. Alexandre Awi Mello, presidente da Presidência Geral da Obra Internacional de Schoenstatt, presidiu a Santa Missa. Ele pôde participar do funeral do Papa Francisco, em Roma, e visitar seu túmulo. Agora, ele envia uma saudação espiritual.
O Pe. Awi Mello agradeceu a presença de tantas pessoas, pois assim cultivamos o Dilexit Ecclesiam do Pe. Kentenich. Junto com ele, no altar também estavam o Dr. Bernd Biberger, diretor geral das Irmãs de Maria de Schoenstatt, e o Pe. Felix Geyer, diretor do Movimento de Schoenstatt na Alemanha, bem como o Pe. Angel Strada e o Pe. Federico Piedrabuena, ambos da terra natal do Papa Francisco.
Dilexit Ecclesiam
Um símbolo eloquente da missão de Schoenstatt para a Igreja é também a coroa, que ocupava um lugar de honra diante do altar e que, nas próximas semanas, percorrerá as comunidades de Schoenstatt. Com esta coroa, a Mãe de Deus será coroada Regina Matri Ecclesiae no Santuário de Belmonte, no dia de Pentecostes.
A liturgia da missa lembrava tanto a data da morte do Papa Francisco quanto sua fé esperançosa na ressurreição, que ele expressou em sua mensagem pascal. Nesse contexto, as músicas da Ir. M. Tabea Platzer e de seu coro “Stimmvoll” (Voz Forte) trazem um caráter pascal.
Sinais expressivos
Durante a homilia, o Dr. Biberger recordou inicialmente a última mensagem do Papa Francisco, por meio da qual a Divina Providência colocou, por assim dizer, seu selo sobre sua obra. Suas palavras se tornam um legado duradouro e uma missão para nós. O fato de o Papa Francisco ter sido chamado de volta durante o Ano Santo pode ser visto como mais um sinal significativo.
Destaques do pontificado
do Papa Francisco
Em seguida, o Dr. Biberger convidou todos a refletirem sobre o pontificado do Papa, indicando três destaques:
O primeiro destaque é a visita do Papa Francisco aos refugiados em Lampedusa. Logo no início de seu pontificado, o Papa Francisco deu esse sinal forte para chamar a atenção para a situação dos refugiados em todo o mundo. Ele nunca se cansou de chamar a atenção para os pobres e marginalizados através de encíclicas e discursos, exortando todos a acolherem suas necessidades. Por isso, em 2016, ele convocou um Ano Santo Extraordinário da Misericórdia.
Outro destaque foi a bênção Urbi et Orbi, concedida pelo Papa Francisco durante a pandemia do coronavírus. Foi uma imagem impressionante ver o Papa Francisco caminhando sozinho até o altar na Praça de São Pedro, proclamando sua mensagem e abençoando a cidade e todo o mundo.
Um último destaque é dado ao processo sinodal. Com isso, o Papa Francisco deu um impulso significativo para o desenvolvimento da imagem da Igreja nos tempos atuais. Ele deseja que a Igreja seja uma Igreja que escuta – uma Igreja que escuta o Espírito Santo e uma Igreja de fiéis que escutam uns aos outros para reconhecer a orientação do Espírito Santo. Este processo sinodal, como o Papa Francisco deixou claro, deve continuar.
Quando, como Família de Schoenstatt, olhamos para o pontificado do Papa Francisco, lembramo-nos também do encontro com ele por ocasião do centenário de Schoenstatt, em 25 de outubro de 2014. Nessa ocasião, ele falou sobre cinco temas: família, pedagogia, juventude, sociedade e Igreja, e enfatizou, entre outras coisas, que a cultura do encontro é a cultura da aliança. No final, o Papa revelou que mantinha uma imagem da MTA em sua mesinha de cabeceira, que a tocava todas as manhãs. Isso testemunha seu grande amor por Maria, que sempre transpareceu em seus discursos e escritos e se torna particularmente visível em seu desejo de encontrar seu último descanso na Igreja de Santa Maria Maior.
Toda a gratidão pelo trabalho do Papa Francisco culminou na celebração eucarística, confiando sua pessoa à intercessão da Mãe de Deus, à Trindade Divina, em nossas orações.
Carisma mariano para a Igreja
Antes da bênção final, o Pe. Alexandre retoma mais uma vez o comovente amor mariano do Papa Francisco. Ele convida os presentes a rezarem a Pequena Consagração e a incluir o pedido de que também o futuro papa seja mariano e que possamos levar nosso carisma mariano para a Igreja.