
A Divina Providência conduz a história da Obra de Schoenstatt de forma tão visivelmente amorosa. Com a partida do Papa Francisco, recebemos mais um sinal do amor e da presença de Deus nosso Pai. As brasileiras Ir. M. Clades Schwengber e Ir. M. Julia Almeida residem no Santuário Cor Ecclesiae, em Roma, bem próximo do Vaticano. Elas participaram das celebrações do tríduo pascal, na Basílica de São Pedro, e saudaram o Papa Francisco. Ir. M. Clades nos conta:
No sábado, um encontro com o Papa
“Foi um grande presente para nós, Irmãs de Maria de Schoenstatt, que, no sábado, pelas 18 horas, ao chegarmos na Basílica de São Pedro, para participar da celebração, ao entrarmos pela porta lateral, foi nos solicitado para aguardarmos um pouco. Então, paramos. Para nossa grande surpresa, o Santo Padre, Papa Francisco, estava saindo da Basílica. Ele havia rezado no interior da Basílica de São Pedro e, quando ele saia, nós estávamos chegando e tivemos o grande presente de saudá-lo.
Ao nos ver surpresos, um grupo de consagrados e leigos, ele pediu para fazer uma pequena volta, com sua cadeira de rodas, para se dirigir a nós. Então, tive a graça de dar a mão para ele e cumprimentá-lo, em nome de todos que gostariam de ter esse privilégio, para desejar-lhe uma santa e Feliz Páscoa. Sim, isso foi nosso presente extraordinário na Vigília Pascal.
No domingo, a sua bênção
No domingo, de Páscoa, como foi transmitido pelas mídias do Vaticano, o Papa Francisco compareceu para dar a benção Urbi et Orbi e nós também estávamos ali. Mesmo não podendo ler a mensagem, ele fez a saudação de Páscoa e no final abençoou, com a indulgência plenária, todos os peregrinos presentes. Em seguida, ele subiu no papa móvel e percorreu brevemente a Praça de São Pedro, para saudar os peregrinos. Nós estávamos muito próximas do altar principal, quando ele passou na nossa frente, abençoou-nos, juntamente com os enfermos, e seguiu de retorno para a Casa Santa Marta. Penso que estas foram as suas últimas imagens em público, presenteando a todos o melhor que podia, a sua bênção de Pai e Pastor da Igreja.
No local de seu sepultamento
No dia 21, Ir. M. Júlia e eu fomos para a Basílica Santa Maria Maior, para a missa das 10 horas, levando conosco a coroa com que a Mãe e Rainha será coroada, em 9 de junho, no Santuário Mater Ecclesiae. Nesta basílica, a patrona é Santa Maria Salus Populi Romani (Salvação do Povo Romano), que o Papa Francisco visitou muitas vezes, levando-lhe um ramalhete de flores, em alguma ocasião especial e antes e depois de cada viagem apostólica.
Durante a santa missa, logo após o evangelho, foi comunicado oficialmente a morte do Santo Padre, o Papa Francisco. Nesse momento, fez-se um silêncio total. Nós duas quase não podíamos acreditar que estávamos ali, nesse lugar e nessa hora tão especial, com a coroa para o Santuário da Rainha e Mãe da Igreja. Depois desse silencio, todos foram convidados a rezar pelo Papa e a santa missa continuou, ao som do toque fúnebre do sino da basílica, que ressoou quase até o fim da celebração. Ao final da celebração, o sacerdote que presidia lembrou os fiéis que o Papa Francisco escolheu ser sepultado, numa pequenina capela lateral desta basílica, à esquerda de quem entra.”

Sempre confiou em Maria
No testamento do Papa lemos: “Sempre confiei a minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem, esperando o dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior. Desejo que a minha última viagem terrena se conclua precisamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde me dirigia para rezar no início e fim de cada Viagem Apostólica, para entregar confiadamente as minhas intenções à Mãe Imaculada e agradecer-Lhe pelo dócil e materno cuidado.”
Unidos no amor a Igreja
Ir. M. Clades continha a contar que, após a santa missa, “fomos à essa capela e rezamos ali, com a coroa para a Rainha Mater Ecclesiae, pela Igreja, por nossa missão Mariana de Schoenstatt, para que testemunhemos o ‘Dilexit Ecclesiae’ de nosso Pai e Fundador, por nossa missão pós-conciliar para a Igreja. Rezamos pelo descanso eterno do Papa Francisco, junto do local de sua tumba.
Sem planejarmos, Deus quis que estivéssemos entre os últimos que saudaram o Papa e o fizemos em representação de cada membro da Família de Schoenstatt, unidos no amor a Igreja, como nos ensinou nosso Fundador, o Pe. José Kentenich. Por isso, partilhamos com todos as graças que recebemos.”