Deus em faixas!
Aí se manifesta como o Deus de um amor misericordioso e divino que não podemos compreender, como o Deus de um amor divino incompreensível que desce até nós e como um amor divino sumamente sábio e incompreensível
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O amor que o Homem-Deus nos manifesta – Deus em faixas – é um amor que desce até nós de modo admirável. Ele não apenas assume a natureza humana, deixando, portanto a glória do céu, e se faz homem. “Et Verbum caro factum est!” E o Verbo se fez carne (Jo 1,14). Assume uma natureza humana sujeita ao sofrimento. Ele quer poder sofrer, ele quer ter a capacidade de sofrer. Assume uma natureza humana muito necessitada de ajuda, a natureza de uma criança. E nós sabemos que não vai demorar muito e Ele assumirá até mesmo as aparências do pão. “Et exinanivit semetipsum” (Fil 2,7) – assim ouvimos São Paulo dizer sumariamente -, aniquilou-se a si mesmo, humilhou-se no mais alto grau, até o fim.
Um amor que desce até nós. E com esta natureza humana, natureza capaz de sofrer, natureza desvalida, experimentou todas as situações que a natureza humana pode e deve, de algum modo, experimentar até o fim dos tempos. Atrás disso está a grande lei: o que não é assumido pela natureza do Deus feito homem não pode ser redimido. E qual é o resultado deste aniquilamento sem fim, o resultado deste descer até nós? Deus em faixas, e mais tarde, Deus cravado na cruz.
Pe. José Kentenich, em: Sermão para a Comunidade Alemã de São Miguel em Milwaukee, EUA,
25 de dezembro de 1963