22.02.2022

Oferecemos o coração aberto…

Schwester M. Bianca Wörz

Uma coisa podemos oferecer:

um coração aberto!

Ainda temos na nossa mente todas as terríveis imagens das pessoas no Afeganistão, do verão de 2021, que, perante o poder do Taliban, queriam fugir da sua terra. Muitas embaixadas tentaram levar “a sua gente” para um lugar seguro, numa corrida contra o tempo.

Também a Alemanha se empenhou muito, para tirar do Afeganistão a pessoas com cidadania alemã ou que tenham trabalhado para a República Federal da Alemanha, as, assim chamadas, forças locais.

Porque nós já tínhamos acolhido refugiados, aqui na Liebfrauenhöhe/Alemanha, em 2015, fomos novamente consultados pelo governo da cidade de Rottenburg, em novembro de 2021, e a nossa decisão foi tomada muito rapidamente:

Claro que queremos ajudar!

Então, tudo se concretizou bem rapidamente: Muitas mãos diligentes ajudaram a preparar os quartos para os nossos novos residentes. No início de dezembro, duas famílias, uma  com quatro e outra com dois filhos, após a quarentena, vieram para cá. Há sempre uma certa tensão, quando se quer acolher bem, porém, não se conhece o povo, a sua história, a sua tradição e a sua língua. Mas, nós dissemos a nós mesmas:

Uma coisa podemos oferecer: um coração aberto!

E assim demos as boas-vindas a ambas as famílias. Uma delas fala um pouco de inglês e assim, nós, Irmãs, pudemos fazer nosso contacto inicial com eles. A segunda Família fala Dari (Idioma nobre da Pérsia) e não conseguíamos falar com eles, no entanto, sentia-se a gratidão. Uma coisa é certa: Será uma alegria para nós, quando finalmente puderem começar o curso de alemão e  se tornar possível conversarmos.

Depois de uns dias, nós, Irmãs, encontramo-nos com as famílias, para nos conhecermos melhor. Uma pequena apresentação ajudou-nos a conhecermo-nos mutuamente. Com a ajuda do Google pudemos lhes dar as boas-vindas, na sua língua pátria, e eles nos mostraram pelo mapa a sua terra, o Afeganistão.   Ainda que tenhamos tentado nos entender com o nosso pouco inglês, o que mais foi praticado é o idioma do coração. E, como sabemos, a música também une. Assim, nós, Irmãs, cantámos canções, para as quais as crianças podiam fazer coreografias.

Boa vizinhança intercultural!

Os pais e os filhos estão gratos e felizes por estarem aqui. Nos seus passeios, em torno da Liebfrauenhöhe, alegram-se ao nos dizer as novas palavras que acabaram de aprender na escola.

Estamos muito gratas à Mãe de Deus, por podermos estar aqui juntos, em boa vizinhança intercultural, e alegramo-nos por podermos oferecer ao menos um pouco de lar a essas famílias.